Gorongosa prevê duplicar nível de produção de café
O distrito de Gorongosa, com maior enfoque para as encostas da Serra, em Sofala, prevê duplicar a sua produção de café, passando das actuais 400 mil mudas para 800 mil por campanha, graças ao fim de hostilidades e encerramento da última base militar do ex-movimento armado, Renamo, em Vunduzi.
A última base da antiga guerrilha em Vanduzi, encerrada a 15 de Junho passado, tinha um efectivo de 347 combatentes.
A antevisão foi avançada pelo administrador do Parque Nacional de Gorongosa (PNG), Pedro Muagura, à margem da Conferência Distrital de Divulgação de Potencialidades de Resiliência Climática e Atracção de Investimentos para a Conservação do Meio Ambiente.
De acordo com o gestor, citado pelo “domingo”, antes a produção deste produto estava praticamente reduzida ao posto administrativo de Canda, permanecendo a vontade de avançar, por exemplo, na comunidade de Satungira, mas com o clima de insegurança, tal não se mostrava viável.
“Em termos de colheitas estávamos na ordem de cinco toneladas em cada seis meses. Podemos prever um incremento até 10 ou 15 toneladas. Não queremos quantificar agora, como sabem existem solos que não são muito bons, mas não podemos estar abaixo de 15 toneladas de café processado”, disse Muagura.
Questionado sobre o mercado, Muagura disse que não será problema, porque o país entrou para o mercado mundial.
“Moçambique não fazia parte da lista dos que produzem café, devido à colonização que não admitia a concepção deste produto até 1975. Mas quando tivemos a independência também faltou libertação nas nossas mentes para o efeito, facto que adiou o propósito para o ano de 2021”, contou.
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